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A mostrar mensagens de 2018

Anne Frank, uma menina pequena com Grandes Sonhos

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Este ano o Natal chegou mais cedo por aqui pela mão da JB Comércio Global com o primeiro de vários livros que nunca podem faltar no sapatinho de qualquer livólico. E que oferta vs parceria tão boa com um livro de que falei há tão pouco tempo e que queria muito ter. A colecção Meninas pequenas Grandes Sonhos vai levar-nos a descobrir como pequenos sonhos se transformaram em grandes histórias de vida que acabaram por marcar o mundo em que vivemos. A menina judia Anne Frank tinha o sonho de ser escritora e durante o período da 2ª Guerra Mundial em que viveu escondida numa espécie de anexo em Amesterdão escreveu um diário repleto de emoção, fé e esperança que depois nos chegou pela mão do seu pai, o único sobrevivente da família. O seu sonho ganhou forma e é por ele que hoje a conhecemos.   "Quero vir a ser alguém. (...) quero continuar a viver depois da minha morte. (...) Hei-de publicar um livro depois da guerra: O anexo. Se serei ou não bem sucedida, não se pode pr

Novidades Desejadas - Livros infanto-juvenis inspiradores

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Cada vez gosto mais dos livros infanto-juvenis biográficos e em  Portugal ultimamente têm-se editado alguns bastante bons que incidem especialmente nas histórias e biografias de mulheres e figuras femininas que marcaram o mundo.  Livros catalogados como infanto-juvenis em parte por terem uma linguagem mais simples e serem ilustrados, sempre de forma belíssima, mas que acredito farão as delícias de muitos adultos. Pelo menos as minhas fazem e já estão na  wishlist . Enquanto novidades destaco dois, o primeiro com as histórias de várias mulheres portuguesas lutadoras, corajosas, independentes e livres que tiveram a coragem de sonhar e mudar não só a sua vida como a de muitas outras. O outro faz parte de uma colecção que conta individualmente a vida de várias figuras femininas inesquecíveis, meninas/mulheres que sonharam e deixaram a sua marca. Portuguesas com M Grande descreve a vida de 42 mulheres que fizeram história e mudaram o mundo em português,  peças-chave no desenvolvimen

Encontro de Booktubers e Bloggers em Leiria

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Já passaram quase duas semanas desde o Encontro de Booktubers e Bloggers que aconteceu na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira em Leiria, mas tem me faltado o tempo e as palavras para descrever algo tão ímpar. Mas vou começar pelos adjectivos em forma de elogios; surpreendente, organizado, diversificado e caloroso no que diz respeito à organização, emocionante, contagiante e prazeroso em relação aos participantes que lhe deram vida e tornaram especial. Para mim foi um dia cheio de emoções que começou bem cedo, a sair de Lisboa ainda o sol não nascera para apanhar o autocarro rumo a Leiria. Chegada à biblioteca fui logo surpreendida pela organização super profissional com direito a cartão de identificação, saco com folhetos turísticos da região de Leiria e marcador de livros exclusivo feito por uma booktuber ilustradora e designer . Depois foi tempo para uma breve apresentação dos participantes e reconhecimento de algumas caras de umas quantas booktubers que sigo e bloggers cu

A Palavra aos Escritores - VALTER HUGO MÃE

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VALTER HUGO MÃE (Valter Hugo Lemos) 25/09/1971 Prémio Literário José Saramago 2007 (com o remorso de baltazar serapião) Grande Prémio Portugal Telecom 2012 Melhor Livro do Ano (a máquina de fazer espanhóis) Um dos mais destacados autores portugueses da actualidade. A sua obra está traduzida em variadíssimas línguas, merecendo um prestigiado acolhimento em países como o Brasil, a Alemanha, a Espanha, a França ou a Croácia.  Os seus quatro primeiros romances (o nosso reino, 2004; o  remorso de baltazar serapião, 2006; o apocalipse dos trabalhadores, 2008; a  máquina de fazer espanhóis, 2010)  são conhecidos como a tetralogia das minúsculas por escritos integralmente sem letras capitais, incluindo o nome do autor com a pretensão de chamar a atenção para a natureza oral dos textos e recondução da literatura à liberdade primeira do pensamento. As minúsculas aludem também a uma utopia de igualdade, uma certa democracia que equiparava as palavras na sua grafia para deixar ao

Novidade Desejada - Trânsito

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No passado mês de Julho saiu o segundo livro da trilogia de Rachel Cusk, iniciada com A Contraluz  de que falei aqui pelo blog também enquanto novidade desejada mas que ainda não consegui nem comprar nem ler. No Reino Unido foi já publicado este ano o último volume da trilogia com o título de "Kudos". É esperar cerca de dois anos como aconteceu com os outros livros para que chegue até nós. No rescaldo do colapso da família, uma escritora e os seus dois filhos mudam-se para Londres. Essa perturbação vai ser o catalisador de uma série de transições - pessoais, morais, artísticas e práticas -, à medida que ela, Faye, se esforça por construir uma nova realidade para si e para os filhos. Na cidade, é confrontada com aspectos da realidade que sempre tentara evitar - aspectos de vulnerabilidade e poder, de morte e renovação. Esta é a luta para se religar a si própria e à sua crença na vida. Neste segundo livro de um preciso, curto e ainda assim épico ciclo, Cusk capta

A Palavra aos Escritores - ISABEL ALLENDE

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Isabel Allende (02/08/1942) A escritora mais vendida de língua espanhola O seu primeiro romance "A Casa dos Espíritos" (1982) converteu-se num dos títulos míticos da literatura latino-americana com posterior adaptação ao cinema. Seguiram-se muitos outros, todos êxitos internacionais. O mais recente livro "Para Lá Do Inverno" (2017) tem como ponto de partida uma citação de Albert Camus "No meio do Inverno aprendi, por fim que havia em mim um Verão invencível." O que eu gosto mesmo é de contar histórias. A pessoa que sou, os valores que me sustentam e a experiência de vida que acumulei reflectem-se nas entrelinhas de cada página que escrevo. Os leitores poderão encontrar mensagens, mas não é minha intenção dar sermões, apenas partilhar o que sinto e o que sei. Para mim o mais difícil é o início, por isso, tenho uma data sagrada para começar cada livro, 8 de Janeiro. Nas primeiras três ou quatro semanas, quando ainda não encontrei o tom

Agrião de Clara Pinto Correia

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AGRIÃO Clara Pinto Correia Relógio d'Água, Novembro 1984 Romance 104 páginas Sinopse Novelas diversas dentro de uma História (ou diversas histórias numa só novela), a cavalo nos tempos do nosso tempo e nos múltiplos espaços que nos definem o lugar. O retrato de uma família pobre que vai migrando a conta gotas para a  grande cidade de Lisboa à procura de uma vida melhor mas que acaba a tentar sobreviver nas novas e emergentes periferias dos anos 70. «E só ela sabia que não eram as pernas trémulas que ali a retinham era, mas nunca diria a ninguém, a irreprimível rejeição de todo aquele mundo que nunca fora o seu e também não queria saber dela para nada. Entendes tu isto, Agrião? (...) Não fosse eu ter-te aqui comigo e já se tinha quebrado há muito tempo este fio frágil que ainda me ata ao mundo com um nó que muito devagarinho, se vai desfazendo.»   Agrião é o nome do cão da matriarca da família, Violante, encontrado junto aos pés de agriões no Pintado

A Volta ao Mundo de Júlio Verne em 80 Dias - OPINIÃO

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Mais um clássico lido para o Clube dos Clássicos Vivos , desta vez um clássico mais juvenil lido por muitos nos tempos da adolescência e/ou juventude talvez por ser um livro de aventuras estimulante para a imaginação dos mais novos. E mais um que consta da lista dos 1001 Livros para Ler Antes de Morrer. Lançado em 1873, em pleno final de século XIX, altura em que os relatos de viagens eram uma das poucas formas de se ficar a conhecer outras realidades, A Volta Ao Mundo em Oitenta Dias foi um autêntico sucesso de vendas tendo sido traduzido em simultâneo para inglês, italiano e espanhol pelo tema excitante e inovador. Inicialmente publicado em folhetins nos principais jornais europeus levou os seus correspondentes a acompanharem as aventuras do gentleman inglês que daria a volta ao mundo como se de alguém real se tratasse, tornando-se um marco na obra de Júlio Verne. A VOLTA AO MUNDO EM OITENTA DIAS de Júlio Verne Guerra e Paz Editores (2016)   Literatura de Viagens

Feira do Livro de Lisboa 2018

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O evento mais aguardado para todos os livrólicos acabou de passar pela capital e claro está já deixa saudades por todo o ambiente que se vive e que é único e quase mágico para quem gosta de livros, pelos encontros que sempre proporciona com outros que desfrutam da mesma paixão e evidentemente pelas boas oportunidades de preços que se encontram.  Apesar de gostar muito de ir à Feira do Livro contenho-me sempre um pouco pois é uma verdadeira tentação e estrago para a carteira, então vou sempre com tudo estudado para me desviar o mínimo possível e não cometer grandes loucuras. É verdade que os preço já não compensam assim tanto como outrora porque hoje em dia as livrarias online vão fazendo grandes descontos e campanhas ao longo de todo o ano por isso o que vale mesmo a pena é aproveitar a Hora H com os livros com mais de 18 meses a 50% embora nem todas as editoras a contemplem ou a realizem nos mesmos moldes depois também outras promoções que muitas editoras têm e uma visita aos

Novidade Desejada - O Bairro dos Jornais

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Desta vez a novidade é relativamente recente, foi lançada no final do passado mês de Abril mas é capaz de ter passado despercebida pois não a vi muito divulgada por aí, talvez por não ser um tema que desperte um amplo interesse. Para mim junta vários assuntos de que gosto e me são próximos: Lisboa numa perspectiva histórica da vivência de um dos seus bairros típicos e o jornalismo ao nível dos seus bastidores e da vida boémia a ele associada. Tal foi mais do que suficiente para despertar o meu interesse e curiosidade com a abordagem de um assunto nunca tratado. Foram cerca de 600 as publicações que se instalaram no Bairro Alto até aos dias de hoje: diários e semanários, matutinos e vespertinos, generalistas e especializados, desportivos e satíricos, folhas anarquistas, órgãos partidários, revistas de banda desenhada e jornais de espectáculos. O BAIRRO DOS JORNAIS aborda esse fenómeno de concentração da Imprensa no Bairro Alto, consolidado a partir de meados do século X

Livro de Citações - Diário de Anne Frank

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« (...) uma pessoa pode sentir-se só, mesmo no meio de muita gente amiga, se souber que não ocupa um lugar muito especial no coração de alguém. » « Aquele que é feliz, espalha felicidade. Aquele que tem coragem e confiança, nem na infelicidade se afogará!»  « (...) custa-me compreender que alguém possa dizer «sou fraco» e se deixe ficar fraco na mesma. Se a gente conhece os seus defeitos porque não tenta então corrigi-los.» « Como seria bela e boa toda a Humanidade se, antes de adormecer à noite, evocasse os acontecimentos do que passou, se reflectisse no que foi bom e no que foi mau. » « Quero vir a ser alguém. (...) Quero continuar a viver depois da minha morte. E por isso estou tão grata a Deus que me deu a possibilidade de desenvolver o meu espírito e de poder escrever para exprimir o que em mim vive.»

Revolutionary Road: Livro vs Filme

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Mais uma vez a sequência deveria ser invertida pois vi primeiro o filme, logo quando estreou no cinem em  2009  e só agora li o livro, já há algum tempo na minha estante, mas é um dos casos em que não chegaria ao livro se não fosse o filme. Lembrava-me de alguns acontecimentos específicos da história mas não de tudo e tinha a lembrança especialmente da sua forte carga dramática e emocional, voltei a vê-lo  para melhor poder fazer a comparação e as lembranças confirmaram-se.  REVOLUTIONARY ROAD de Richard Yates Civilização Editora, 1996 Romance 172 páginas O livro é o retrato de um casal americano dos anos 50 acomodado a uma vida suposta de se viver, de forma a suprimir as necessidades da família criada, que ao se resignar e seguir os modelos sociais da época vai acabar por deixar para trás as suas promessas e sonhos de uma vida diferente. O resultado é uma realidade repleta de insatisfação e frustração numa relação de frequente tensão e conflito. Frank e April W

Prémios Nobel da Literatura Ibero-Americana

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Em Janeiro fui ver uma pequena exposição ou como lhe chamaram Mostra "Prémios Nobel da Literatura ibero-americana" na Biblioteca Nacional, precedida uns meses antes por uma sessão com Isabel Branco, professora de Estudos Hispânicos e de Tradução da Universidade Nova de Lisboa. 5 Espanhóis 2 Chilenos (onde se inclui a única mulher) 1 Guatemalense 1 Colombiano 1 Mexicano 1 Peruano 1 Português 5 Poetas 5 Escritores 2 Dramaturgos Na sessão foi feito um breve retrato da literatura ibero-americana, na maior parte das vezes identificada com o realismo mágico surgida no início do século XX entre as décadas de 60 e 70 que funde o universo mágico com a realidade, mostrando elementos irreais ou estranhos como algo habitual e também apresentando esses elementos de forma intuitiva, isto é sem sem explicação. A discrepância entre cultura da tecnologia e cultura da superstição que havia na América Latina naquela época, marca igualmente o realismo mágico. É cer

Jane Eyre de Charlotte Brontë - OPINIÃO

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Mais um clássico lido para o Clube dos Clássicos Vivos  em que se lê um livro a cada dois meses e depois o debatemos num encontro de animadas e cruzadas conversas, sempre especial. E que livro este e que protagonista esta Jane Eyre que dá nome ao título e de quem vamos acompanhar praticamente toda a sua trajectória de vida.                                                       JANE EYRE de Charlotte Brontë     Difel, 2004 Romance (Clássico)     388 páginas  Jane Eyre é um clássico da  literatura inglesa escrito por Charlotte Brontë, inicialmente sob o pseudónimo de Currer Bell por julgar que a sua maneira de escrever e pensamento não seriam propriamente femininos mas também por considerar que as escritoras eram à época olhadas com preconceito. Foi publicado pela primeira vez em 1847 e é tido como a autobiografia ficcionada da autora. Consta da célebre lista dos 1001 Livros para Ler Antes de Morrer. Numa altura em que a mulher era feita para casar e

Um poema sobre o Vício dos Livros

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No Dia Mundial da Poesia não podia faltar um poema... Um poema sobre livros e o vício de os comprar, possuir, desfrutar e admirar. Um poema para todos os que entendem a compulsão e prazer na compra de livros mesmo que se tenham tantos que sobrem aos anos de vida para os ler. Os livros que alimentam, que enriquecem o nosso mundo interior e ajudam a viver, contribuindo para não nos perdermos nas dificuldades da vida. Hoje, fiz uma lista de livros,  e não tenho dinheiro para os poder comprar. É ridículo chorar falta de dinheiro  para comprar livros, quando a tantos ele falta para não morrerem de fome. Mas também é certo que eu vivo ainda pior do que a minha vida difícil, para comprar alguns livros – sem eles, também eu morreria de fome, porque o excesso de dificuldades na vida, a conta, afinal certa, de traições e portas que se fecham, os lamentos que ouço, os jornais que leio, tudo isso eu tenho de ligar a mim profundamente, através de quanto sentir

Novidade Desejada - Pecados Santos

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Este livro já foi lançado no início do ano, mas continua a ser uma novidade do primeiro trimestre deste ano. Chamou-me a atenção e suscitou a minha curiosidade principalmente pelo temas envolvidos ao nível da religião e do judaísmo em particular que de certa forma acabam por ser explorados assim como da própria história de Israel. É para quem gosta de thrillers e para quem tem algum interesse em matérias religiosas e conhecer um pouco mais sobre elas, principalmente no que ao judaísmo diga respeito. Nas comunidades judaicas de Londres e Lisboa ocorrem uma série de homicídios, todos eles recriando episódios bíblicos. Um rabino é encontrado morto numa das mais famosas sinagogas de Londres. O corpo, disposto como num quadro renascentista, representa o sacrifício do filho de Abraão, patriarca do povo judeu. O caso parece ficar encerrado quando um jovem professor universitário a leccionar numa das faculdades da cidade é acusado do homicídio com provas irrefutáveis contra si que n