5 Motivos para Ler "Mil Sóis Resplandecentes" de Khaled Hosseini

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Mil Sóis Resplandecentes retrata a história de duas mulheres afegãs de gerações diferentes e com origens completamente distintas, Mariam uma harami (filha ilegítima) que vive numa clareira isolada e Laila, a filha de um professor, apaixonado por livros a viver na cosmopolita Cabul dos anos 70. As suas vidas vão-se cruzar na rua onde moram em Cabul e os seus destinos vão entrelaçar-se ainda mais quando acabam por ter de partilhar o mesmo marido.
Através da sua comovente história de amizade, cumplicidade e luta contra a dor dos abusos infligidos pelo marido e por uma cultura que marginaliza as mulheres são passadas em revista as últimas três décadas do Afeganistão e as convulsões sociopolíticas que abalaram o país.
Um livro que vale mesmo muito a pena ler e que acredito não vai deixar ninguém indiferente.

1. Conhecimento da cultura e realidade afegã
Mais do que o que se viu e vê na televisão ou se vai sabendo pela imprensa e pela Internet com esta leitura ficamos com uma noção bem mais clara de como foi e é viver no Afeganistão, não só os seus costumes e hábitos, mas também a dura realidade de um país fustigado por sucessivos conflitos e transformado numa sociedade machista de talibã que vêem as mulheres como meros apêndices do homem. Uma realidade tão diferente da nossa descrita com muito realismo sob a perspectiva das mulheres.

2. Celebração do poder da amizade e do amor
Hino à amizade e ao amor, este livro conta-nos a história de uma amizade que é capaz do feito mais altruísta, libertador de várias vida. Mas também a história de um amor intenso de infância/juventude que é interrompido pelo conflitos em Cabul mas nunca é esquecido e vai dando forças a ambos para ultrapassarem a dor, e sobreviverem com a esperança de que tudo poderá não ser assim tão definitivo.

3. História dinâmica
A narrativa tem grande dinamismo tanto através da escrita fluída e ritmada como das reviravoltas e surpresas da própria história que vão acontecendo quando tudo parece que já não podia seguir noutra direcção.

4. Grande carga emocional 
Cenas fortes, intensas e perturbadoras de sofrimento e violência, muitas de verdadeira tensão, descritas com tal realismo que acabam por vezes por nos levar à indignação e a nos insurgirmos e revoltar. Mas também pelas emoções de afectividade e ternura descoberta e revelada na relação de "avó-neta" de Mariam com a pequena Aziza que vai acabar por redimir a existência da harami. E ainda a coragem revelada no meio de tanta turbulência, não só para conseguir sobreviver como para lutar por um futuro diferente do determinado, em situações que nos fazem ficar, muitas vezes, com o coração nas mãos.

5. Valorização da condição das mulheres no ocidente
Perante uma realidade em que as mulheres não têm quaisquer direitos e valor,  subjugadas por uma conjunto de regras retrógradas e machistas, e em que são tratadas como meros apêndices dos homens só nos pode leva a dar ainda mais importância e valorizar, de facto, a liberdade que todas as mulheres ocidentais têm e o privilégio de poderem ser mulheres em toda a sua plenitude.  


Khaled Hosseini é um autor afegão cuja família pediu asilo político aos Estados Unidos após a invasão soviética do Afeganistão em 1980. É médico e Embaixador da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

Regressou a Cabul em 2003, após vinte e sete anos de ausência, falou e ouviu todo o tipo de pessoas desde polícias, membros de ONG's, professores, médicos, enfermeiros e mulheres vítimas dos conflitos com todas as suas consequências. Nesse mesmo ano publica o seu primeiro livro "O Menino de Cabul" que se passa, claro está, no Afeganistão assim como todos os outros livros que se lhe seguem e nos vão dando a conhecer o seu país de perspectivas diferentes.


***** (Adorei)

RECOMENDADO a quem tenha curiosidade sobre a história e cultura afegã; goste de romances com protagonistas fortes e lutadoras e histórias de amizade e amor inesquecíveis 
REMÉDIO LITERÁRIO para superar situações difíceis;  ter coragem para reagir; valorizar a amizade



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